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sexta-feira, 8 de março de 2013

Formas e consequências da violência contra a Mulher


Violência é qualquer conduta – ação ou omissão – de discriminação, agressão ou coerção, ocasionada pelo simples fato de a vítima ser mulher e que causa dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral psicológico, social, político ou econômico ou perda patrimonial. Essa violência pode acontecer tanto em espaços públicos como privados.



Trocando em miúdos:
Violência contra a mulher é qualquer violência que a mulher sofra só porque é mulher.


Quando uma mulher é agredida em público por um homem, isso é ação; quando alguém com poder de impedir que ela seja agredida não toma atitude em sua defesa, isso é omissão.

Quando é violentada, isso é ação; quando ela deixa de ser socorrida sob o pretexto de ter provocado o ato violento por ter “dado bola” ou porque estava vestida de forma provocativa, isso é omissão.

Violência doméstica

Quando se fala em violência doméstica, pensamos erroneamente naquelas ações que provocam algum tipo de lesão física. Pode começar de forma leve, mas quando não é contida neste estágio, sempre atinge extremos. 30% das agressões são graves e podem acarretar morte.

Violência Física e Psicológica

Quando lhe trancam em casa e você não pode ir ao trabalho, à escola ou outros lugares;

Você, seus filhos e outras pessoas da família (pais, tios etc.) são ameaçados;

Batem ou espancam com tapas, murros, mordidas, arranhões, mesmo que não deixem marcas aparentes no corpo;

Fica sem assistência na doença ou gravidez;

Quando é amedrontada ou ameaçada com armas de fogo ou branca (facas, estiletes), barras de madeira ou ferro, cordas e chicotes etc.;

Dizem de forma indireta que você “não presta”, tem amantes etc.

Quebram utensílios, rasgam roupas, chutam móveis, batem portas;

Destroem ou escondem documentos pessoais, profissionais ou mesmo fotos.

Violência Sexual

É forçada a fazer sexo contra sua vontade (mesmo com seu marido/companheiro);
Usa de violência para forçá-la a praticar atos sexuais que não lhe agradam ou praticar sexo com sadismo, ou seja, o parceiro tem prazer com o seu sofrimento;

Violência e Saúde

Mulheres adoecem a partir de situações de violência, principalmente da violência doméstica. Recorrer aos serviços de saúde com reclamações de enxaquecas, gastrites, dores difusas e outros problemas podem indicar que vivem situações de violência dentro e fora de casa.Essas pequenas doenças geralmente são tratadas com medicamentos comuns, e a causa não é identificada pelo médico porque não é física. Elas tendem a piorar, podendo “criar” doenças piores, que podem levar à morte.


Trocando em miúdos:
Sofrendo agressão física ou psicológica, seja em casa ou fora dela (maior parte das  vezes é no meio familiar) a mulher adoece. Dores de cabeça que nunca curam, de estômago, em diversas partes do corpo, diarreias, vômitos acontecem por causa dessa agressão.


Quando a Mulher não é apenas a vítima – Saúde Mental

A mulher não deve ser vista apenas como uma “vitima” da violência provocada contra ela, mas como parte integrante de uma relação com o agressor, o que traz uma face bastante complexa e, por vezes, se transforma em uma forma de jogo em que a “vítima” passa a ser “cúmplice”.

Antes da Lei Maria da Penha, a mulher, por vezes, denuncia formalmente o agressor em uma delegacia especializada para, logo após, retirar a queixa. Outras vezes foge para uma casa-abrigo levando consigo as crianças, por temer por suas vidas e algum tempo depois retorna ao lar, ao convívio com o agressor. Não se sente bem com isso (tem pena do agressor, medo de enfrentar outro tipo de vida, não consegue se sentir bem sem conviver com a violência praticada contra ela)  e retira a queixa. São situações que envolvem sentimentos, forças inconscientes, fantasias, traumas, desejos de construção e destruição de vida e morte.

As dores que surgem sem motivos aparentes pode significar uma reação, um sinal de que a mulher está se acostumando a sofrer por não conseguir deixar a vida que leva.
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Doença

O agressor sempre é um doente e, como todo doente precisa de tratamento. Por causa dessa violência a mulher acaba ficando, também doente, mas ao contrário de quem agride, ela adoece por não saber viver sem ser agredida.


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